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Comunicados

Deus. Pátria. Revolução.


O Teatro Carlos Alberto recebe nos dias 23,24 e 25 de Abril a mais recente criação musical, depois de Libentíssimo (1999) e Libentíssimo 2 (2002), da dupla criativa formada por Luís Bragança Gil e Luísa Costa Gomes: Deus. Pátria. Revolução., um teatro musical composto por quinze quadros distintos onde se recuperam e “recontextualizam” temas de autores como José Mário Branco, José Afonso, Sérgio Godinho, Fausto, entre outros.

O ponto de partida para a construção deste espectáculo foi dado pelo musicólogo Luís Bragança Gil após a releitura da obra de Fernando Lopes-Graça: “o que me deixou perplexo foi o ciclo Marchas, Danças e Canções. (…) Como é que uma pessoa que era tão clarividente na sua forma de pensar não se distanciava musicalmente nestas canções com um programa ideológico tão de oposição ao regime?” Para a dramaturga Luísa Costa Gomes o objectivo “foi sempre estabelecer uma permanente ligação com a contemporaneidade. (…) Construir uma peça com vários níveis de leitura, todos eles contraditórios, ou pelo menos não ilustrativos, que permitam uma interpretação muito rica e muito complexa.”

Deus. Pátria. Revolução. é a recriação musical de um vasto repertório que marcou a ditadura salazarista e o período pós-revolucionário de Abril, recorrendo à remistura de hinos, marchas e canções portuguesas de cariz fascista, revolucionário e religioso.

O espectáculo, uma co-produção da Ar de Filmes, Centro Cultural de Belém e Teatro Nacional São João, é interpretado por um conjunto de músicos que inclui a Orquestra Aldrabófona, o coro Voces Caelestes e quatro solistas: Alexandra Moura (soprano), Inês Madeira (mezzo-soprano), Fernando Guimarães (tenor) e Rui Beata (barítono).

19/04/2009