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Comunicados

Teatro da Rainha x2


Weisman e Cara Vermelha de George Tabori

A Estação Inexistente
O Homem da Flor na Boca, de Luigi Pirandello +
Um Contínuo Movimento, um Estranho Equilíbrio, de Rocco D’Onghia


Presença assídua na programação do Teatro Nacional São João - Ella (2005 e 2007) e O Coronel Pássaro (2007) -, o Teatro da Rainha ocupará o palco do Teatro Carlos Alberto entre os dias 26 e 29 de Março com Weisman e Cara Vermelha, um western judeu da autoria do dramaturgo húngaro, George Tabori, e, de 2 a 5 de Abril, com A Estação Inexistente, uma peça que junta duas histórias separadas por quase 80 anos: "O Homem da Flor na Boca" de Luigi Pirandello (1923) e "Um Contínuo Movimento, um Estranho Equilíbrio" de Rocco D’Onghia (2000). Estes dois espectáculos que integram o programa Teatro da Rainha x2 têm a assinatura de Fernando Mora Ramos.

Descendente de uma família de intelectuais judeus, a memória do Holocausto é um tema recorrente da obra de George Tabori. Weisman e Cara Vermelha retoma o diálogo com essa ferida por cicatrizar, através de uma escrita que, nas palavras do encenador Fernando Mora Ramos, “vai directa à dor em chave humorada, polissémica e desperta, dizendo-nos: o quotidiano é de espessura tragicómica, os desaires e a morte têm cómico”. Weisman, o judeu, e o índio Cara Vermelha protagonizam um duelo improvável, um confronto de memórias e de histórias entre dois povos martirizados. Com esta encenação,"o Teatro da Rainha propõe ao espectador uma leitura ao mesmo tempo política, ética e poética da obra de Tabori", como refere Christine Zurbach, professora no Departamento de Artes Cénicas da Universidade de Évora.

Com a apresentação de A Estação Inexistente cumpre-se o segundo momento do programa Teatro da Rainha x2 promovido pelo TNSJ. Uma estação de comboios é o lugar comum às duas histórias. Em Pirandello, a estação ferroviária é uma terra de ninguém que a noite transporta. Em D’Onghia, a mesma estação é agora um lugar marginal e obscuro na grande metrópole. Por lá deambulam, à vez, duas criaturas absurdas: o Homem da Flor e um Velho Senhor. Um anuncia a morte e o outro semeia a vida.

22/03/2009