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Maio
Maio é o mês das estreias. Três espectáculos vão invadir as salas que compõem o Teatro Nacional São João: o Teatro Carlos Alberto estreou no passado dia 9, A Dama do Mar, de Henrik Ibsen, com encenação de Carlos Pimenta; o Mosteiro de São Bento da Vitória recebe a 16 de Maio, em estreia absoluta, Casa-Abrigo, a última criação da Circolando; e na sala do Teatro Nacional São João estreia a 17 de Maio, Fassbinder-Café, um exercício a partir de O Café de Rainer W. Fassbinder, com direcção de Nuno M. Cardoso em colaboração com Ricardo Pais.
Segundo projecto do ciclo Poética da Casa - cujo primeiro espectáculo Quarto Interior o TNSJ co-produziu e estreou em Maio de 2006 -, Casa-Abrigo toma como ponto de partida as obras de Gaston Bachelard e Louise Bourgeois. Sob a forma de esculturas, instalações, projecções-video e um concerto encenado, palavras como abrigos, refúgios, casulos, fiadeiras, aranhas, ovelhas, novelos, teares, casas, árvores e pássaros ganham vida e alma neste que é assumido pelos criadores André Braga e Cláudia Figueiredo como o espectáculo artisticamente mais ambicioso da Circolando.
Fassbinder-Café surge na sequência da produção, em Janeiro, da peça original de Goldoni, O Café com encenação de Giorgio Barberio Corsetti. Mesclando dados tão díspares como traços de linguagem do século XVIII, memórias do cinema clássico de Hollywood e clichés teatrais, a adaptação de Fassbinder está muito para lá da simples paródia, mesmo quando expõe o indestrutível mercado de capitais, paixões e jogos de poder em que as suas personagens se movem. Partindo sobretudo de exercícios de improvisação dos actores que Nuno M. Cardoso dirigiu, Fassbinder-Café apresenta uma conjugação variada de registos e estilos. Um exercício-espectáculo para assistir ao preço único de 5€.
01/05/2008
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