Comunicados
O Príncipe de Homburgo
de Heinrich von Kleist
encenação António Pires e Luísa Costa Gomes
O Teatro Carlos Alberto apresenta, de 7 a 16 de Maio, O Príncipe de Homburgo, a última peça de Heinrich von Kleist, encenada por António Pires e Luísa Costa Gomes. Considerada por Kleist um “drama patriótico”, a obra concluída há duzentos anos foi escrita numa Prússia ocupada pelo exército napoleónico.
Nesta peça, o Príncipe de Homburgo, a sonhar com a glória, vai, sonâmbulo, até ao jardim do palácio e entrança uma coroa de louros que põe na cabeça. O Eleitor de Brandeburgo encontra o príncipe e impõem-lhe a coroa, surgindo consequências inesperadas desta inócua brincadeira. Segundo os encenadores, Kleist tem “uma linguagem sempre rigorosa do ponto de vista da emoção, da acção e do gesto”, linguagem esta que António Pires e Luísa Costa Gomes procuraram sempre representar de forma concreta. Nesta peça onde não há vilões, os personagens seguem as suas convicções e a sua própria consciência, o que só é revelado na relação com os outros.
O Príncipe de Homburgo, que estreou no Centro Cultural de Belém em Fevereiro, é interpretado por Graciano Dias, João Araújo, João Barbosa, João Ricardo, Luísa Cruz, Marcello Urgeghe, Margarida Vila-Nova e Mário Redondo. Esta co-produção da Ar de Filmes, do Centro Cultural de Belém e do TNSJ pode ser vista no Teatro Carlos Alberto de quarta a sábado às 21h30 e domingo às 16h.
No âmbito desta apresentação, o TNSJ promove também, dia 8 de Maio às 16 horas no Teatro Carlos Alberto, Bocado de sonho que se tornou corpo, uma mesa redonda sobre Kleist e a sua obra. Com moderação de Nuno M Cardoso, Cláudia J. Fischer e José Miranda Justo apresentam o livro Sobre o Teatro de Marionetas e Outros Ensaios; Teresa Seruya recorda as dificuldades específicas na tradução de uma novela de Kleist; e Luísa Costa Gomes apresenta a sua tradução de O Príncipe de Homburgo, descrevendo o teatro de relações que encontrou na peça e o seu processo de encenação.
03/05/2010